quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Começando o feriado em Prado-BA

Nada como um dia de folga na véspera da viagem para se organizar melhor. Ou ao menos, era assim que eu pensava quando o dia começou. Deixei a mala para arrumar no dia, já que não tinha que ir trabalhar, não acordei cedo, pelo mesmo motivo e ainda inventei outras coisas para fazer achando que minha um vira-tempo tipo da Hermione.
Fiz tudo, fui ao salão, academia, almocei com a sobrinha mais fofa, ajudei minha irmã com a mala dela, como já era de se esperar, deixei a casa em estado aceitável e uma hora antes do combinado para sairmos de casa, eu estava só o caquinho, e isso pesou na minha decisão de viajar com uma calça quase de pijama sem a menor culpa, afinal, saindo de Vitória meia noite, eu não esperava nada além de dormir, agora sendo portador de um encosto de pescoço que faz massagem, mais do que nunca!
Só me dei o trabalho de abri o olho na parada, para encolher a perna e deixar minha companheira de viagem passar. Nem os gritos e ameaças para me juntarem à bagunça do ônibus tiveram efeito sobre o meu grande desejo de dormir.
Chegando à pousada, a chuva caia com vontade, mas para felicidade de todos, foi só o tempo de se acomodar nos quartos, uns minutinhos de preguiça na cama, o café da manhã caprichado e trocar de roupa para o sol abrir, fazendo a ideia de sentar no barzinho a beira da piscina passar de convidativa para irresistível!

E a beira da piscina, a 30 passos da praia, regado de cerveja gelada e com o sol baiano a brilhar que o feriado começou de verdade.

terça-feira, 8 de outubro de 2013

Salvador, balanço da viagem

Acho que como amanhã embarco de volta para casa, esse post já é válido ;)
A música diria "Bahia, terra da felicidade", mas concordo mais com o professor entrevistado pelo Jô, que diz que a felicidade é diferente para cada um, em cada momento.
Se bem me recordo, quando estive em Salvador há 09 anos para o meu primeiro congresso de meio ambiente, eu era estudante, com pouco dinheiro, dormia no chão de uma sala no então CEFET-BA que fica num bairro de periferia, com um bando de outras colegas de curso e eu me diverti bem mais do que hoje, portadora de conta corrente não negativada, dormindo a 2 quadras da praia.
E o que mudou? Muito, a companhia (eu estava com amigos de verdade, que se importavam comigo, ou pelo menos uma amiga), o motivo pela minha vinda, eu! Eu mudei, lembro de ficar maravilhada com as várias mesas redondas e apresentações de trabalhos para mim inovadores, que até hoje me fascinam! (Apesar de quase não participar desse tipo de evento.) Acho que foi ali que eu tive certeza que eu queria estudar e trabalhar na área ambiental. Acho também que eu era uma pessoa mais feliz, não que eu não seja feliz hoje, mas com certeza eu tinha menos cicatrizes no coração e menos preocupações.
Escolhíamos as palestras pelo temas e horários, para podermos dormi um pouco mais depois das festas, passear na praia e outros pontos turísticos e isso não era ser irresponsável. Era realmente não ter aquela responsabilidade de horários, relatórios, de se fazer presente de forma apresentável, já que depois da abertura quando fomos arrumados para uma festa, descobrimos que como meros universitários nos primeiros períodos não teríamos problemas em aparecer com o biquíni de baixo da camiseta, short e chinelo.
Ah, mas quanto saudosismo! Claro que eu me diverti aqui, adorei caminhar no calçadão ouvindo as algumas músicas que meu irmão deixou no cartão de memória do celular que me emprestou, experimentar sorvete de cajá do ambulante, depois de almoçar casquinha de siri, bolinha de bacalhau e cerveja, e repensar aquela cara esquisita que eu fazia quando alguém pedia suco dessa mesma fruta no restaurante. De rir ao ouvir um comentário equivocado sbre a minha "morenice" ser baiana, de conhecer e conversar com gente humilde e simpática (tá, admito que nós capixabas de forma geral não somos muito assim).
Ir a um show sozinha, adorar a baiana que antecedeu meu querido Diogo Nogueira, sentir a energia de todo aquele povo cantando suas letras cheias de fé.
Tirar um sábado para andar por pontos turísticos da cidade tirando fotos, comendo coisas típicas, me dando o luxo de comprar umas coisinhas, mesmo com o excesso de bagagem, observando particularidades da Bahia, por exemplo, as negras aqui alisam menos o cabelo, as pessoas usam menos óculos escuros, como parece ter uma segregação maior de negros e brancos do que na minha cidade, ou mesmo o sotaque baiano que até absorvi um pouquinho.
Se arrumar e ir para a sair com pessoas que você conheceu há no máximo 48h, beber, dançar, cantar músicas da playlist alheia no carro a caminho da balada, descobri que você não acha mais nem um pouco normal uma pessoa que nem perguntou seu nome tentar te beijar. Com os outros tudo bem, só não quero isso para minha vida.
Acho que quando se estar sozinha é que aprende mais sobre si mesmo. Até tomar um susto quando o salva vidas me abordou e disse que eu estava sendo seguida por um bando de pivetes faz parte da experiência de mais um período longe do meu porto seguro, minha casa, meus amados amigos e família.



Então, termino dizendo que a Bahia pode ser sim a terra da felicidade, como tantas outras que se fazem de belos cenários para momento de alegria. Ou ainda, que leva a felicidade no talento de seus filhos abençoados com talentos sem igual como a música. Dia 15 de novembro, estarei de volta, mas não a Salvador, dessa vez com amigos, só com o compromisso de voltar, ali em Prado, bem mais perto de casa.

sábado, 21 de setembro de 2013

Agora aventuras pelo Brasil, cáp. I - Salvador: Preparativos e Voo

Um pouco mais de dois meses depois de chegar do meu inusitado intercâmbio no Sri Lanka, parto para mais uma aventura longe de casa, da família e de todos os meus amigos, dessa vez a trabalho e só por três semanas.
Apesar de não estar tão longe de casa, não conheço ninguém nessa cidade com quem mantenha contato. Cadê todas aquelas pessoas legais que conheci nos congressos de Engenharia Ambiental, da AIESEC, etc.? Estou achando que deveria colocar em prática aquelas técnicas de network eficaz que li outro dia num artigo. Pelo menos dessa vez eu tenho um celular com whatsapp que funcione, estou no mesmo fuso horário de casa e posso ligar sem gastar fortunas.
Tenho que confessar que apesar de ter colocado na minha agenda "Arrumar malas" no domingo, só o fiz na véspera de viajar, isso porque meu programa de sábado a noite a noite se estendeu até o dia seguinte 2h da tarde! Já falei que amo muito meus amigos da Barra? E porque sempre arrumo convites que não consigo dispensar na semana de viajar, dessa vez foi o aniversário de um amigo querido que me daria a oportunidade de ver outros amigos que ainda não tinha visto desde que cheguei, e foi ótimo, mesmo tendo ficado até quase 1am arrumando malas e acordando 4:50 am para chegar no aeroporto no horário e descobri que vou ter que pagar excesso de bagagem! Vou me defender aqui: tive que trazer várias coisas da empresa, várias das quais não precisarei levar de volta!
Após passar pela sala de embarque descubro que meu avião é um desses pequenos, sem exagero: 2 poltronas de cada lado, 17 fileiras e até o lugar para colocar a bagagem de mão é reduzido! Mas acho que para fazer escala em Ilhéus tinha que ser assim. Admito que até o dia em que comprei minha passagem não sabia/lembrava da existência de uma aeroporto em Ilhéus, mas tudo bem, Cachoeiro de Itapemirim-ES também tem, rs! Momento de oração, pedido da vez, não pegar turbulência! Acho que se tivesse pegado a turbulência que peguei indo para a Tailândia num avião desses tinha morrido, no mínimo do coração!
Meio que dormi até Ilhéus, acordei na hora do lanche! Achei bem criativo e legal eles darem balinhas e formato de aviãozinho! Estava me sentindo sortuda que não tinha ninguém do meu lado, mas aí sentou uma mulher com seu filhinho de 1 ano super fofo, amo bebês, principalmente os bem educados!

Saio do aeroporto e já dou de cara com o calor nordestino, entro no táxi e.... Cenas dos próximos capítulos =)

quinta-feira, 4 de julho de 2013

Últimos sentimentos em terras alheias

A sexta-feira foi realmente demais! Depois tão esperado último dia de trabalho, aquela sensação de liberdade gritava em nossos peitos. Então o último 154 (ônibus que pegávamos diariamente para ir e voltar do trabalho), cheio, mas nem tanto.  Mas quer saber nada de ir direto para casa, salário recebido, a paradinha na maior loja de departamento do Sri Lanka “House of Fashion” não pode ser evitada, e em 5 minutos eu achei o vestido para o que seria a última festa, com um bonito decote com renda local, por menos de R$15,00 = sucesso! 
Depois de passar mais um pouquinho de raiva com adivinha quem?! Um motorista de “Tuk tuk”, chegamos a festa de despedida da Ruta (a preguiça de organizar algo era maior e como fomos tds convidados para esta nada melhor que juntar o útil ao agradável), no “Colombo City Hostel”, lugar super simpático, ao se passar do portão, dava para esquecer que estávamos no Sri Lanka. Tenho que confessar que a animação aliada ao sprite com rum e perigosíssimos shots de vodka (que tipo de pessoa propõe shot com smirnof? Me respeita!), resultou em muitas fotos, mas pouquíssimas divulgáveis! 
Mas se você acha que ficamos ali, se enganou, nos dividimos em tuk tuks e fomos para “Sopranos”, mas o tuk tuk que era para 3 passageiros,  estava com uma inusitada passageira francesa extra no banco do motorista, enquanto atras estávamos, eu, meu único companheiro brasileiro no Sri Lanka e meu querido amigo holandês que adora salsa, falar espanhol, e quase tudo que diz respeito a América Latina, ambos super dotados da capacidade de me fazer rir. O famoso bar com Karaokê em Colombo, diversão garantida, mesmo alguns insistindo em cantar músicas depressivas, os “clássicos” como “Back Street Boys” salvavam! Ao sair, o cheiro da barraquinha de hamburguer ao lado foi mais forte, enquanto nos deliciávamos com o quase não apimentado quitute, outros descobriram que a boate ao lado estava vazia, então, fomos parar na minha favorita R&B! O dia já estava amanhecendo quando conseguimos chegar em casa, sem conseguir elaborar planos concretos para o final de semana, me restou tentar dormir!
Sábado de ressaca moral que nada, mais uma noite de balada, cerveja e fritas no clube, R&B não é a mesma coisa no sábado, ao invés do glamouroso DJ habitual, uma banda local se apresentava, e definitivamente não estávamos nessa “vibe”, então fomos para Silk (a mesma que havíamos tentado sem sucesso na noite anterior), mas dessa vez estava ótima. Ah, já comentei que estávamos super VIPs?! Isso porque nosso querido amigo fotógrafo tem figurinha conhecida em toda Colombo!
Domingo, acordei com o convite nada dispensável, vamos a praia de Monte Lavínia e almoçamos por lá? Topei na hora, afinal lá fica um dos meus restaurantes preferidos em todo Sri Lanka (pelo menos a parte que eu conheci), Buba, onde a única preocupação é qual o molho escolher para a massa de frutos do mar! Quase desistimos, quando começou a chover, mas aquele dia não podia ser desperdiçado vendo tv, esperamos parar e pulamos no ônibus que raramente se dá ao trabalho de parar completamente. Com direito a passar pela feira e tomar água de coco no caminho, com certeza a praia era a melhor opção do dia, entretanto, quem me conhece, sabe que sou daquelas pessoas que não entra na água a menos que muito quente com previsão de continuar assim, então, fiquei no segundo andar do restaurante vendo as ondas, que mostravam uma correnteza mais forte do que eu estava disposta a me aventurar.
O domingo a noite, teria sido perfeito se aquele sentimento de “acabou” não estive tão presente! Depois de mudar de plano algumas vezes, finalmente conheci o apartamento de alguns de nossos amigos, no bairro ao lado do que eu morava, e fomos juntos para a minha última noite em Colombo (tenho a impressão que definitivamente a última, uma vez que não pretendo voltar nesta vida ao Sri Lanka). Vocês não vão acreditar, a minha última noite, foi a primeira e única em que eu consegui assistir uma partida de futebol desde que saí do Brasil, dia 20 de março! Ai, como eu senti falta, de acompanhar os lances, de realmente acompanhar as jogas, e achei bem engraçado, as pessoas admiradas com minha concentração, me fazendo perguntas sobre regras e eu me saindo bem nas respostas.
Depois de ver a minha segunda nação (afinal, quando se tem cidadania italiana, o mínimo é torcer para Itália quando o Brasil não está em campo) ganhar o jogo e conquistar o terceiro lugar na Copa das Confederações, restou me despedir. Uma das despedidas mais difíceis da minha vida, porque é realmente complicado quando você tem a sensação que talvez nunca mais vai ver muitas daquelas pessoas na sua vida, quando você sabe quanta saudade vai sentir daquele abraço, seus olhos se enchem de água e sua voz fica atravessada. Então, é hora de respirar fundo e lembrar que está indo para o lugar que mais ama nessa vida, sua casa!
Depois de um dia de preguiça, é hora de se encaminhar para o aeroporto, onde passo raiva mais uma vez com a incompetência do povo de um país que precisa muito crescer, mas tudo é relevado já dentro do avião quando vejo que a comida da Turkish Airlines, que ao contrário da Sri Lanka Airlines, cujos serviços desfrutei na minha ida às Ilhas Maldivas, é gostosa e saudável, já me sinto mais perto de casa!
Após a tentativa frustada de tentar trocar o trecho Istambul x São Paulo da classe econômica para executiva, diante dos valores exorbitantes, que me renderam apenas, dois carimbos (de entrada e saída) da Turquia e menos horas de espera entendiante no aeroporto, mais uma surpresa estava a me esperar, a pessoa ao meu lado pelas próximas 11:30h é um judeu que parece ter vergonha sequer de me olhar, e não se dirige ao menos uma palavra neste período. Imagina que além de estar entre a janela que não abre e um ser esquisito suficiente para estar acordado e dispensar todas as refeições do avião sem nem perguntar se havia algo que ele pudesse comer – sorte dele a aeromoça desconfiou e lhe ofereceu algo específico para judeus, algumas das TVs da aeronave simplesmente pararam de funcionar, e é claro, inclusive da área onde eu me encontrava.Senti falta da simpática e falante paulista que me deu dicas de viagem pela Ásia na ida. Nota mental: sempre solicitar assento no corredor em voos longos!

A turbulência que após a viagem para a Tailândia (nesse trecho ela é considerada normal, apesar de alguns aviões já terem caído por ali), quase não me incomoda, olhar e ver que estávamos há minutos passando dentro das nuvens sem ver o céu também não. A verdade é que achei lindo os cristais de neve se formando na janela, e minutos depois, o tapete de nuvens que me fizeram lembrar de quando era criança e ouvia dizer que quando chovia era porque os anjos estavam lavando o céu, após as festas! Tudo era lindo depois de descobri que estávamos sobrevoando o Atlântico, o oceano que abriga as praias que amo mesmo antes de começar a falar. Ao ouvir o comandante anunciar o pouso, sinto um sorriso invadir minha face, já não estamos mais em terras alheias, e sim, o meu amado, mesmo que conturbado, BRASIL!

sexta-feira, 28 de junho de 2013

Última semana!!!

Tem gente que deve estar pensando: “Ué! Já?!” E eu respondo “Já deu, né?!”
Tentando resumir os três meses aqui eu diria que foi de superação, superar os medos, as saudades, a falta de luxo, etc. Mas também foi de autoconhecimento, porque é passando pelas situações mais inusitadas, que você descobre quem é. Ter consciência de que fui criada para lutar e não aceitar. De argumentar, não simplesmente de mudar de opinião.
Esse foi um tempo de ver lugares e animais lindos, religiões diferentes, pessoas estúpidas!

Então para fechar, está é uma semana cheia, além da rotina do escritório:
Segunda) zumba para queimar uma calorias extras com direito a simulação de socos e chutes para descontar a raiva;
Terça) cinema (estava sentindo falta): premier de Homem de Aço, lotada, com direito à fotógrafos e tudo!
Quarta) jantarzinho gostoso num café que me fez sentir em um lugar mais feliz e aula de salsa, ADOREI!
Quinta) Era para ser outra aula de zumba, mas acho que tenho que agradecer ter sido cancelada, porque estava precisando descansar!
Sexta) Festa de despedida! Depois eu conto ;)
Sábado) Planejando viajar! Acho que vai dar um post (risos)

Quando a gente para e pensa, vê que quanto mais perto de ir embora, mais legal fica, talvez seja exatamente por isso, ou porque você teve mais tempo de conhecer pessoas legais.
Mas agora que vejo a minha partida penso que está tão perto, mas ao mesmo tempo, tão longe! Perto porque é o última final de semana, tempo de me despedir dos amigos que fiz, de tirar as últimas fotos, de arrumar as malas, de achar aquela lembrancinha, de lagriminhas! Longe porque dois dias viajando sozinha é muito, tempo demais esperando os abraços de quem tanto sinto falta.

segunda-feira, 17 de junho de 2013

O Brasil virando de cabeça para baixo e eu aqui!

Mesmo não sendo brasileiro, ou não está morando no Brasil, como eu que estou no Sri Lanka, você já deve ter visto alguma notícia sobre os protestos que estão acontecendo por lá, principalmente em São Paula e no Rio de Janeiro. As coisas começaram com mais um abusivo aumento de passagem. Para quem não sabe, de acordo com a lei brasileira, o empregador participará dos gastos de deslocamento do trabalhador com a ajuda de custo equivalente à parcela que exceder a 6% (seis por cento) de seu salário básico, é claro que isso só vale para os custos com transporte público, ou seja 72% do nosso 13º salário a gente usa para ir trabalhar em ônibus/trens que nem sempre tem condições para isso. Só que não é só isso, o aumento dos salários não acompanham o da passagem, e é claro que isso não se aplica aos políticos brasileiro, que recebem auxilio para andar de carro de luxo com motorista!  Então a pergunta é: onde fica a nossa dignidade?
Se você acha mesmo que todo esse movimento é só por causa de alguns centavos no preço da passagem, PARE, PESQUISE E PENSE! Você acha justo que um país em desenvolvimento gaste bilhões em obras para a Copa e Olimpíadas que sediaremos nos próximos anos, e deixe de lado saúde, educação e segurança?
É claro que adoraria que todos os protestos fossem livres de violência e sem interferência no transito urbano, mas a dura verdade é que, esses não tem adiantado muito, as pessoas passagem do lado, falam “Que legal!” e 5 minutos depois já esqueceram! E quem disse que são sempre os manifestantes que começam com a violência? Nossos policiais recebem treinamento adequado para lidar com essas situações? Podemos ver claramente que não!
A verdade é que sempre tive orgulho da geração dos meus pais, que lutaram contra a ditadura, mesmo correndo riscos como acabarem em valas públicas em locais até hoje desconhecidos, e me perguntava porque a minha geração é tão apática diante de tantas injustiças. Então, chega, né?! A gente tem mais recurso, mais ferramentas, vamos movimentar o mundo!

#changebrazil

quarta-feira, 12 de junho de 2013

Dia dos Namorados em outro país

Eu tinha esquecido completamente dos dias do namorados até que abri meu facebook, vi um post e olhei imediatamente que dia é hoje. No Brasil, eu teria me deparado com 5 milhões de corações vermelhos no caminho, só que aqui a data é comemorada em fevereiro, eu acho (risos), o que não é mais estranho do que comemorar o ano novo em abril, então tudo bem. Mas visivelmente para nós brasileiros, Santo Antonio é mais importante que São Valentim.
Antes mesmo de ser lembrada, estava pensando que eu merecia um abraço hoje, afinal pegar 2 ônibus lotados para ir trabalhar e ficar em pé por mais de uma hora, sentir dor nos braços enquanto tenta evitar contato físico com estranhos, não deve ser fácil para ninguém.
Mesmo estando no outro lado do mundo, ainda estou meio que vivendo no Brasil, leio as notícias (quase) diariamente e mais de 90% dos meus amigos no facebook estão lá, então comecei a ler vários posts (muitos deles engraçados) e a pensar em várias coisas...
Eu já passei por mais de 20 dias dos namorados, mas tenho que confessar que só lembro de 3, nenhum deles eu tinha um namorado de verdade, mas com certeza sentar num bar num domingo com os amigos para tomar uma cerveja e assistir um jogo do flamengo está entre os mais legais, juntamente com curti intensamente a juventude em pleno “rock da tarde” durante o Festival de Alegre.
Também parei para pensar se acho minhas amigas que fazem aniversário nesse dia sortudas ou azaradas. Não cheguei a uma conclusão, acho que depende da situação em que se encontram, se estiverem namorando azaradas, porque terão que dividir a atenção entre os amigos e o namorado, além de ganhar um presente a menos, mas se não tiverem, muito bom, porque receberão várias mensagens legais e não se sentirão sozinhas.
Surpreendi-me com a pensamento bobo que, no Brasil, nunca estaria usando calcinha listrada e sutiã de coraçãozinhos juntos! Não que eu seja mais mal intencionada lá, mas quando vc sai para o trabalho às 7am, volta às 8pm e não tem máquina de lavar, isso não é considerado um problema.

Se você esperava um post completamente diferente, me desculpa, mas acabei de me dar conta que eu quero planejar algumas viagens antes de organizar meu próprio casamento (para as amigas que precisarem de ajuda, estou a disposição), e eu ADORO ser tia das coisinhas fofas do meu coração.

segunda-feira, 10 de junho de 2013

O melhor final de semana no Sri Lanka... até agora ;)

Chegamos já de manhã, tomamos café numa “lanchonete” típica do Sri Lanka, achamos 2 pousadinhas lado a lado na beira da praia para acomodar todo mundo, colocamos biquinis e fomos caminhar. Avistei um pico, coloquei meu chinelo na areia e fiquei ali olhando como costumava fazer nas tardes na Barra do Jucu.
Um sinal de que as coisas vão muito bem é quando a fome fala alto e você continua de bom humor. Quer coisa melhor que almoçar um espaguete com frutos do mar num restaurante a beira mar e ir caminhando tirar aquela soneca?
Acordei e fui encontrar com parte do grupo que estava num barzinho mega simpático, tarde regada de boa música, jogos, cerveja e ótima cia. Aquele sentimento de “a vida é boa novamente” estava ali, me senti passando o feriado numa das praias do litoral sul da Bahia, ou seja, quase em casa.
Ficamos horas ali, aproveitando as coisas boas da vida, que incluem hambúrguer caseiro e sorvete com calda de chocolate, até que outra parte do grupo chegou e nos chamou para a festinha em outro barzinho no final da praia.
Sem a menor pressa, fomos lá, verificamos o lugar, o “rock” parecia estar apenas começando, voltei para a pousada, tomei um banho e caminhei mais uma vez pela areia como se o mundo estivesse rodando mais devagar, admirando o céu que só se vê longe das grandes cidades e suas luzes artificiais.
Não tinha me sentindo tão à vontade desde que estou no Sri Lanka, cerca de 70% dos presentes eram estrangeiros, todos visivelmente bronzeados, enquanto os nativos pareciam estar se divertindo com absolutamente tudo, inclusive suas danças inusitadas.
A preguiça bateu, então era hora de dormir, mesmo que eu não fizesse a mínima noção de que horas eram já que não uso relógio e abandonei o celular durante o final de semana, tudo no estilo mais natural, assim como acordar sem despertador.
No domingo, o clima estava perfeito para ficar na praia, nem muito ensolarado, nem muito nublado. Depois do café da manhã, galera alugou umas pranchas e fomos para um praia onde as ondas são melhores e o lugar ainda mais bucólico. O lugar era tão legal que tinha até um tapete de fibra de coco do chuveiro até pertinho da água.
Depois de um tempo deitada, resolvi sentar bem pertinho do mar, onde as ondas pudessem tocar minhas pernas e me manter livre do calor, mas não resistir e fui mergulhar, a temperatura da água estava inacreditavelmente boa, e ali eu teria ficado por muito tempo se a correnteza não estive me dando tanto trabalho.

Logo depois era hora de voltar, fazer check out na pousada, comer e se preparar para umas horinhas de viagem.


Preparativos para o final de semana

Mesmo antes de chegar no Sri Lanka, eu já estava planejando um final de semana na costa leste para sentar na praia e ver as ondas, afinal achei demais quando um dos meus amigos disse que só sabia da existência do Sri Lanka porque tinha visto um campeonato de surf num canal de esportes. Então quando cheguei, procurei saber a melhor época e região para curti essa “vibe”.
Entre viagens para Maldivas, Tailândia, sábados de trabalho e minha volta se aproximando, estava ficando cada vez mais difícil chegar lá, até que uns intercambista nos convidaram para nos juntarmos ao grupo e passar o final de semana em Arunga Bay, e diante de tal a festa de sexta-feira não parecia tão atraente mais.
Eu e minha amiga espanhola (companheira de casa, trabalho e aventuras) resolvemos vir para o escritório já com a mochila da viagem para evitar contra tempos, e ao checar minhas mensagens percebi que o horário da van havia sido alterado para meia noite. Respirei fundo e bora trabalhar enquanto não decidimos o que fazer com as essas 5h que tínhamos – você deve está pensando “porque não volta para casa e espera a hora?”, mas tenho que contar que as coisas aqui nunca são fáceis, você sempre corre o risco de ser enganados por motoristas de “Tuk tuk” que fingem ou realmente não sabem o caminho, ônibus que demoram mais de 1h para passar (inclusive, acho absurdo eles terem linhas de ônibus com o mesmo número que não vão para o mesmo lugar), ou simplesmente estar no ponto errado, porque para uma pergunta feita a 4 pessoas, nos deparamos com, em média, 3 respostas diferentes.
Saímos do trabalho quase 19h, sem pressa, fomos comer com um amigo e aí o final de semana começou, um irresistível convite para jogar sinuca! Resolvemos ir andando e já estava quase me arrependendo da ideia quando avistamos o lugar. Pela primeira meia hora, o sofá falou mais alto que a mesa de pilhar e eu dei uma cochilada básica. Mas a música estava deixando o ambiente interessante, hora de levantar e mostrar que as tardes de sinuca no DA da engenharia, no CCJE, no sinucar e os domingos no Bar do Alemão serviram para alguma coisa além de estar com os amigos. E não é que serviu? (risos)

Chegamos no local marcado e esperamos o grupo ficar completo para entrarmos no van que tinha três assentos que não deveriam ser contatos, pelo menos não para viagens de mais de meia hora. Paciência modo "on", afinal são 6 horas até nosso destino, e muito feliz por ter levado meu super confortável moletom. Tem gente que não tem noção, e eu fui uma delas quando disse a criatura do meu lado que ele deve ter sido uma hiena na última encarnação (a risada dele depois de 1h da manhã estava longe de ser aceitável). Mas o cansaço era maior e simplesmente dormi...

quinta-feira, 30 de maio de 2013

O safári perfeito

Acredito que se você gosta de safáris, vai adorar todas as vezes que fizer um. Mesmo já tendo feito vários, as surpresas ainda estão presentes. Há duas semanas tive a oportunidade de ver tudo que pode nos aguardar no Yala National Park!
As coisas estão indo devagar naquele safári, muitos pássaros, alguns lagartos, entretanto nada de extraordinário considerando onde estávamos, só um grande crocodilo com a boca aberta descansando na beira do lado. Paramos para um lanche rápido e tenho que confessar que a decepção pairava no ar.
Tudo começou a mudar quando o guia apontou um jaguar, ficamos minutos apreciando seu andar aparentemente despreocupado e depois, seguimos esperando algo mais. Vimos um jipe parado, o que normalmente é sinal de algo de interessante, e era mais que isso, era um lindo leopardo! E dessa vez ele não estava simplesmente de passagem, mas sim deitado às nossas vistas, aproveitando a sombra das árvores, e ali ele ficou, rolou, bocejou, verificou o que acontecia ao redor, e tive certeza que é verdade que os leopardos desse parque gostam de pousar para câmeras (risos).
Para quem não sabe, o Sri Lanka tem mais de 6.000 elefantes espalhados por seu território, o que não significa que ficarei apática ao me deparar com mais um, pelo contrário, um sorriso espontâneo se abre ao avistá-los. E foi isso que aconteceu enquanto passeávamos de jipi pelas vias não asfaltadas do parque.
Já não havia mais nenhum sentimento que não fosse positivo no ar, quando vimos outro leopardo, dessa vez uma fêmea (pude reconhecer pelos seus olhos)! Senti-me privilegiada ao ver que ela não estava ali “de bobeira”, mas sim espreitando seu próximo jantar, e pudemos acompanhar seu eficiente acelerar atrás de sua caça, um mangusto.

Isso já tinha sido, provavelmente, meu melhor safári! E as surpresas não pararam por aí. Nosso guia recebeu um telefonema (olha a tecnologia sendo usada a favor do ecoturismo, rs) e tive a change de ver pela primeira não um, mas um casal de ursos preguiças! O macho não estava nem aí para a nossa presença, ele simplesmente desviou do jipi para se juntar à sua parceira do outro lado da estrada, então pude vê-lo de perto. Gente, eles não são muito grandes, mas se você prestar atenção suas garras, são realmente assustadoras! E assim uma das mais melhores experiencias das minha vida.

sexta-feira, 10 de maio de 2013

Brincando de modelo


Nada como inventar moda para nos distrair das chatices do cotidiano.
Estou aqui há 1 mês e meio e já participei de duas seções de fotos. A primeira foi meio que involuntária, a empresa que estou trabalhando pediu para participarmos de umas fotos para a atualização de seu website, então lá fomos nós. Nos fingimos de clientes, tiramos foto jantando, tomando café, fazendo safari. Foi bem legal, exceto a parte de fingir que estávamos tomando café ao ar livre, ou seja, no sol de quase 40°.
O segundo ensaio foi premeditado! Minha amiga espanhola ficou sabendo que aqui é normal os intercâmbistas participarem de comerciais e coisas do tipo, então ela pegou o contato de um fotógrafo e armou de participarmos. O dia começou no salão fazendo cabelo e maquiagem. Depois colocamos umas roupas, que no da minha mais parecia uma fantasia, e tiramos fotos ao ar livre, quase derretendo. Depois foi a hora de roupas normais no ar condicionado, sucesso. Nos divertimos bastante, principalmente vendo uma a outra ser fotografada. Mas deixa eu te contar que essa vida de modelo não é fácil! Horas sem comer, definitivamente, não é para mim.
Um dos fotográfos brincou comigo e disse que para uma brasileira, eu sou um pouco tímida [risos]. Estou doida para ver todas as fotos! As duas que compartilhei na minha página do facebook já estão causando alvoroço  No final de semana, foi a festa de aniversário de um dos fotógrafos  e fui reconhecida por uma de suas amigas como "a garota das fotos".
Fazer as fotos foi divertido, mas o interessante mesmo dessa história, foi fazer novos amigos! Os fotógrafos moram na capital, isso significa que eles conhecem muita gente, e todos falam inglês, lugares legais e sabem se curtir a vida.
Ah, deixa eu contar que depois disso, dois outros fotógrafos já nos procuraram para fazer novas fotos, sucesso! ;)

Vamos ver no que isso vai dar...

segunda-feira, 6 de maio de 2013

Ilhas Maldivas


Felicidade é chegar num lugar onde vc se sente à vontade!
Foi essa a sensação ao chegar nas Ilhas Maldivas. O lugar é lindo desde lá de cima, vendo pela janelinha do avião. 
Claro que é quente, mas não é aquele calor desagradável que te faz ficar de mal humor de tando transpirar, tem uma brisinha marinha que me faz lembrar minha querida Vitorinha. As pessoas não ficam te olhando de jeito estranho, algumas olham com admiração, e outras só olham. Dá até vontade de olhar de volta, várias pessoas interessantes, muitos turistas, mulheres locais com lenços lindos e bem maquiadas, e os homens, como comentou uma amiga, são parecidos com os sri lankans, só que bonitos.
Aqui temos várias surpresas positivas: acomodações melhores que esperávamos, super limpo, com direito a ar condicionado, TV, wifi e chuveiro quente (pela 1ª vez desde que saí do Brasil).
No mesmo dia pegamos uma balsa e fomos (quando falo fomos, me reviro a mim, brasileira, minha amiga espanhola e sua amiga ucraniana) visitar uma das ilhas, logo descobrimos que nem tudo são flores, além do fato de que aqui é proibido usar biquínis (fiquei agoniada de ver tantas mulheres com calça e mangas compridas, além de cabeças cobertas na praia), mas o que me deixou decepcionada foi a grande quantidade de lixo nas ruas e praia. Tenho que admitir que quase não se vê lixeiras, mas isso não é motivo para ser porco, vamos combinar que guardar o lixinho na bolsa até a lixeira mais próxima não mata ninguém?
Choque superado, o 2º dia foi incrível! Fomos a uma pequena ilha, do tipo que dá-se uma volta completa em 15 minutos de caminhada, onde tudo é perfeito, a areia branquinha, a água transparente, sombras de árvores, espreguiçadeiras, ótimo atendimento, comida gostosa, etc. No mergulho com máscaras vi peixinhos nadando em volta dos corais (um deles até me mordeu, mas foi só um susto, nada de machucar). Coloquei minha espreguiçadeira na água e pude sentir na pele a vida me levar, no caso as ondinhas que brincavam de me balançar. 
Jogamos um pouquinho de vôlei e a parte mais emocionante, sem dúvida, foi andar de jetski! O motorista era um desses morenos sarados, estilo instrutor de mergulho pelo qual algumas mulheres com certeza fazem loucuras [risos]. Durante o passeio, paramos longe da ilha, claro munidas de coletes salva vidas, e mergulhamos naquele mar super azul de água transparente. Maravilhosos!
Atrasamos um pouco nosso retorno para Male, graças a chuva, que acreditem, estava super agradável. De volta ao hotel, banhozinho quente, tv (ficamos quase viciadas em "fashionTV"), internet e chá para terminar o dia.
Último dia, a chuva persiste, mas de leve, então passeamos por Male, entramos em várias lojas, fomos ao mercado livre, achamos lanchonetes legais, mesmo tendo descoberto tardiamente que sexta-feira é feriado para os muçulmanos e os horários de funcionamento são aleatórios.
Depois de almoçar no restaurante de um hotel com vista para a baia, pegamos uma balsa para outra ilha para encontrarmos um jogador de futebol norte americano que joga para um time local e divide quarto com um egípicio, ambos super legais. O papo é farto de diversidade cultural. Eles nos acompanham de volta a Male, jantamos frutos do mar a beira mar, com direito até a pudim e depois água de coco num quiosque.
De volta à pousada, conversamos por algum tempo com o dono e seu amigo, que foi quem nos indicou o lugar, e descobrimos que há muito mais para se ver, mas como é nossa última noite e nosso voo está marcado para sábado de manhã, o desejo de voltar às Ilhas é unânime. Tenho até vontade de sobrevoar as ilhas num desses pequenos aviões que aterrisam na água. Quem quiser me acompanhar, avisa!

segunda-feira, 29 de abril de 2013

Confissões


Confesso que...

# Tive uma crise de riso ao entrar no McDonalds e ver McRice (isso mesmo, McArroz), kkkk;
# Mesmo depois de avisar aos turistas que não é permitido, adoraria tocar em alguns dos animais;
# Amo bebês elefantes desde que assisti "Dumbo" quando era criança;
# Fiquei impressionada ao ver o tamanho do "órgão" do elefante e mais ainda ao comprovar a existência de elefantes gays;
# Quase entrei em pânico quando um macaco pulou na minha cabeça na entrada do parque, e mais, fiquei dias complexadas com uma possível transmissão de piolhos, que graças a Deus não aconteceu;
# Não entendo como mesmo considerando as vacas sagradas, algumas pessoas tem coragem de fazer marcas tão grandes nesses animais só para dizer a quem pertencem;
# Acho de um preconceito sem fim separar as pessoas por religião até dentro do cemitério, afinal seu fim não depende de onde vc faz suas preces;
# Alguém devia ensinar as pessoas aqui como temperar bem sem pimenta;
# Odeio quando alguém tenta me assustar para me impedir que eu faço algo que quero;
# Os domingos são os dias mais difíceis, poi sempre penso que poderia estar almoçando com minha família querida;
# A melhor coisa que fiz ao arrumar minha mala foi colocar meu travesseiro e minha almofadinha da fricote;
# Fico apreensiva só de pensar na fusão dessa situação em que me encontro com meu inferno astral, olha que ele ainda está no comecinho;
# Qualidades como pele suave podem ser um defeito num lugar como esse;
# Olho para mim mesma e penso: preciso de uma pedicure urgente, ou melhor, um podólogo;
# Me olho no espelho e me pergunto como estará meu cabelo em 5 meses;
# Ainda tenho medo de ir ao banheiro sozinha a noite, principalmente depois que vi uma cobra de 1m no caminho;
# Acho as crianças aqui completamente adoráveis, principalmente as meninas e o bebê que sorriu para mim, que ao contrário dos adultos, parecem não julgar ninguém;
# Não sei exatamente a que lugar Caetano se refere ao cantar "O melhor lugar do mundo é aqui", mas com certeza penso isso em relação ao Brasil.

segunda-feira, 8 de abril de 2013

Novas observaçoes

Esses dias “descobri” uma nova entrada para o parque, é mais longe, mas muito legal! Lá pode visitar o museu com várias espécimes taxidermizadas, ossadas, cobras em vidros, etc. E claro, uma lojinha de suviniers! Fui toda empolgada, mesmo ñ tendo levado muito dinheiro, pq nao sabia nem da existencia de tal lugar, muito menos que iríamos lá, mas nao achei muito coisa interessante, até as blusinhas deixam muito a desejar.
Outro dia passamos a noite pela cidade, para o meu primeiro safari noturno, e imaginem minha surpresa ao ver vários estabelecimentos abertos às 8 pm, colocou Vitorinha no chinelo, kkkk. Voltando ao safari noturno, pude ver mais chacais, elefantes (um deles, inclusive, ficou meio irritado com o fato estarmos apontando lanternas na sua cara no meio de seu jantar super vegetariano) e búfalos, mesmo assim foi menos emocionante que eu imaginava, já que ele é no meio da estrada em melhor condiçoes nas redondezas, logo nao há o costumeiro sacudir dos safaris dentro do parque, mas valeu como experiência. Ok, vou contar, dei uma cochilada básica, e acordei de cara com dois elefantes! Imagina uma coisa que eu pensei que ñ ia sertir por aqui... FRIO! Se vc ñ é de nenhum desses países q nevam, ñ se contente em levar apenas um casaquinho, o vento em cima de um jipe em movimento às 10 pm pode ser cruel. Liçao aprendida.
Acredita que aqui os motoristas também buzinam para as moças bonitas na rua? Fiquei chocada! Huehauehauaeha... Gente, já ouvi de algumas pessoas que eu pareço com as garotas sri lankas, apesar d’eu achar os traços bem diferentes, minha cor de pele se aproxima da local. Eu ainda, nem sei se vou, nao entendo sinhala (lingua nativa, exceto pelo norte que fala tamil), mas consigo enteder quando alguém pergunta algo do tipo “quem é essa garota?”, rs. Em falar em idiomas, graças a influência portuguesa, percebi que algumas palavras como janela, mesa, varanda e mandioca, sao bem parecidas.
Tenho conhecido conhecido muita gente, além dos sri lankas, turistas que vem conhecer o parque, maioria europeus da Inglaterra, Suiça, Holanda, Austria, Alemanha, França, etc., e até da Austrália. De forma geral, super simpáticos.
Deixa eu contar qual é um dos meus maiores dilemas aqui: beber muita água, se manter hidrada e ter que levantar no meio da noite no escuro com barulhos estranhos para ir ao “banheiro” ou sentir que está derretendo e ter uma noite de paz?? Tenho optado por viver a vida com alto nível de adrenalina com vcs já devem ter desconfiado, mas ainda nao tenho certeza absoluta!
Tenho a impressao que o maior fabricante de refrigerantes e sorvetes da regiao è um tal de “Elephant House”, estao me dispus a experimentar um sorvete, já que quem me conhece sabe que sou grande adimiradora de tal delícia gelada (às vezes até sou capaz de surpreender alguns com convites simples como “vamos air para tomar um sorvete?”) e, adivinhem, AMEI um sorvete que vende no potinho tipo de baunilia com calda de caramelho e pequenos pedaços de castanha de caju, delicinha!
Para vocês verem como a minha tentativa de aproveitar a vida local, já fui tomar banho de rio numa tarde de domingo, mesmo tendo que usar uma camiseta por cima do biquini para nao chocar ninguém e ontem comprei um vestido, que inclusive já estou usando, porque minhas roupas foram para a lavanderia, pois máquina de lavar é artigo de luxo, e aqui, vcs devem ter noção que nao sao bem assim. A maior regalia é ter cozinheiros profissionais todos os dias, mesmos que esses algumas vezes cozinhem coisas que vc pensa duas vezes antes de colocar no prato.
Ah, já falei que a noite aqui é linda?! Pois é, quando as nuvens saem de cena, podemos ver incontáveis estrelas num céu que nao é ofuscado pelo excesso de luzes, uma vez que estas quase nao existem nessa regiao.

quarta-feira, 3 de abril de 2013

Minha nova vida


Você está preparado para ouvir essa parte? Duvido, pq eu com certeza ñ estava preparada para vivê-la. Ainda bem que nós somos seres com alta capacidade de adaptaçao.
Ao chegar no acampamento, me dou conta que meu dito quarto nao passa de uma grande barraca. Sabe aquelas tendas que mostrei? Aqui elas só estao disponíveis para os clientes. Mas já que a ideia é ficar aqui apenas 2 semanas para treinamento antes de ir para o acampamento do outro parque, onde eu terei minha própria “tenda de luxo” – espero que ñ seja de luxo como o onibus que usamos para chegar aqui, estou tentando sobreviver com isso. Aenergia elétrica é restrita das 5:00 às 5:30h e das 18:30 às 22:30h, isso pq toda a energia elétrica do acampamento é proveniente da bateria de um dos jipis da empresa! Entao, se o jipi demora a voltar do safari da tarde, temos um atraso no fornecimento de energia. Nao há ventiladores dentro das tendas, entao só é possível permanecer dentro delas entre 20:00 e 7:30h, sendo assim, é impossível dormir até mais tarde. Pelo menos temos camas, uma mesinha e uma cadeira. Eu poderia ter cortinado também, mas mantendo a barraca fechada, ele passa a ser inútil e só me faz sentir mais calor.
Eu e Berta temos nosso próprio banheiro, que na verdade é um cano com 2 saídas de água, a superior para ser usada como chuveiro e a inferior como pia, a única pia de verdade que vi até agora é a da cozinha! E do lado, o vaso com descarga que tem até chuveirinho, que é muito mais comum aqui do que se imagina, mas em compensaçao, se vc quiser papel higiênico, tem que pedir.
Como vc pode imaginar, a cozinha nao tem geladeira, e sim, umas caixas térmicas com gelo para conservar a comida, o “fogao” nao tem forno e o armário é uma barraca (menor que a minha, rs)
Minha primeira noite nao foi muito agradável. Como poderia ser? Um pouco antes de dormir, fomos chamadas, adivinhe para que... Para ver um crocodilo que estava passando na estradinha na frente do acampamento, eu nao consegui ver, mas ai já da para ter uma noçao das emoçoes que estao por vir! Durante a noite, acordei com um barrulho. Tenho que confessar que fiquei bastante assustada, imaginando que bicho poderia ser, e só consegui voltar a dormir depois que constatei que eram apenas vacas aparando a vegetaçao ao redor.
Passado o choque do acampamento, fomos para o meu primeiro safari! Absolutamente fantástico! Antes mesmo de passarmo pela entrada principal do parque, que fica a cerca de meia hora do acampamento, pude ver búfalos e javalis, que aqui sao criados como simples vacas e porcos. Estávamos na entrada quando pude ver um banco de macacos, e eles nao sao como os pequenos micos que vemos espalhados pela Ufes, sao realmente macacos, pulando de galho em galho e fazendo árvores de grande porte balançarem.
Ficamos cerca de 3 horas dentro do parque por safari, durante as quais pude ver, leopardos, simplesmente deitados ou passando na estrada bem a nossa frente, elefantes, crocodilos, chacais, veados, esquilos, lagartos, coelhos, tartarugas, MUITAS aves desde pequenos passarinhos, passando por garças, pelicanos, pavoes e até águias. E claro, mais javalis e búfalos só que selvagens. Dizem também que tem um tipo de pequeno urso, mas ainda nao vi.
O parque é gigante, e mesmo tendo acesso a apenas uma parcela, podemos ver paisagens deslumbrande, como lagos de grande extensao com inúmeras flores de lotus, arbustos, árvores retorcidas sem folhagem e outras tao cheias que quase nao se consegue ver os passáros e ninhos, a praia onde paramos às vezes para fazer piquiniques, rochas, etc.
Nao sei em qual, mas fico divida entre me sentir em alguns filmes da disney, como Rei Leao, Mogli, Madagascar e Bambi e pq ñ Tico e Teco, rs.  É relamente mágico. Quero contar que com certeza, meu momento de maior emoçao até agora, foi ver um elefante com “tascas” (esqueci o nome em português, acho que pressas ou dentes ñ seria adequado, rs) de marfim, usando sua tromba para pegar sacolas no jipi logo a nossa frente e em seguida, passando a centrimetros do nosso e se dirigindo ao carro de trás, no qual uma turista pulou de tanto medo. Claro que nao posso ignorar o dia que um leopardo passou logo atrás do carro, ignorando nossa presença, o movimento de seus “ombros” ao andar, é super sexy, sabe?! Sua confiança é admirável.
Qunado nao temos safaris, nao há muito o que fazer. Eu esperava algo diferente, mas vamos ver com o tempo, pretendo dar algumas sugestoes em breve. Enquanto isso, aproveito meu tempo livre para aprender mais sobre os animais que podemos encontrar aqui, jogar cartas, tentar conversar e ler os livros que trouxe (obrigada a todas minhas amigas queridas que me fizeram empréstimos). Estou super em dia com minha meta de 2 livros por mês, comecei a ler Comer, Rezar e Amar, e tenho que dizer que acho super adequado, exceto pela parte de amar, por enquanto, rs.
Eu sei que vocês querem fotos, também estou doida para postá-las, mas a internet aqui é quase inexistente, o único lugar próximo, fica depois da cerca com arrame farpado, na propriedade alheia, no sol (pq nunca iria sozinha a noite, no escuro, cheguei a tentar uma vez, mas um cachorro quase me matou de susto, entao desisti), junto com as vacas e a conexao é tipo 0,5G, 3G só em sonho, rs.
O pessoal aqui, de forma geral, é bem legal, só tem 2 pessoas que realmente falam inglês, e com aquele sutaque quase indiano, mas isso nao os impede de oferecer comida, jogar cartas, e até mesmo me zuarem, rs.
Em falar em comida, aqui é um pouco mais fácil de viver, porque como recebemos muitos turistas, a comida é internacional quando eles estao por aqui, o difícil é quando nao estao. Entretanto já falei que pimenta me faz mal, entao, sempre tem algo para mim. Como já previa, nunca tem carne de boi, mas isso nao tem feito falta. Acho algumas coisas engraçadas, como o fato deles comerem comida normal no café da manha, ou de tomarem sopa mesmo em dias extremamente quente, ou ainda de tomarem chá com leite (até já estou gostando desse último).
Ah, comprei passagem para passar minha semana de folga em Maldivas, espero ter muitas Novas Aventuras de Memelli para contar!

segunda-feira, 1 de abril de 2013

Primeiras impressoes


Vamos lá... Cheguei no aeroporto de Colombo e descobri n só que lá ñ tem internet disponível, como as tomadas sao quase inexistentes e, após pedir informaçao, achei uma, mas para meu desespero o padrao é diferente. =P
Ao entrar no carro, percebo que a mao deles é inglesa! O.o Eu já sabia que eles haviam sido colonia da Inglaterra, e seu esporte favorito é o criquete, mas nao esperava por isso. Digamos assim que o transito é caótico, todos buzinam o tempo todo, os onibus parecem serem todos anteriores aos anos 90`s, circulam com as portas abertas, ñ se sabe exatamente por qual entrar ou sair (acho que é indiferente), o trocador fica passeando com uma maquininham que emite recibos reconhendo as passagens e todos sao decorados internamente de forma aleatória, acredito que tenha a ver com o gosto/religiao do condutor. Os motoristas nao respeitam suas faixas! Os carros sao, em sua maioria, bem menores que o normal. O tipo de veiculo oficialmente utilizado como taxi (acho que ñ posso chamar de carro), só cabe o motorista e conta com apenas uma roda na parte dianteira, ah, ñ podemos esquecer que o volante foi substituído por um guidom.
Fiquei hospedada os primeiros dias numa YWCA (Young Women Catholic Association). O lugar era bem simples, quartos com ventilador e banheiros coletivos. Os homens nao podem passar do loby nem para nos ajudar com as malas! As residentes tem que pedir autorizaçao para sair após às 18h e as hóspedem devem chegar até às 23. Também nao é permitido o consumo de bebida alcoolica nos quartos. As pessoas eram humildes, mas o importante era que me sentia segura. A localizaçao era ótima - numa perpendicular a principal avenida da cidade, ou seja, a uma quadra e meia do mar. O preço era super justo e o jardim central muito agradável. Nas 2 primeiras noites, dividi o quarto com uma inglesa muito simpática, que até elogiou meu inglês. Isso me fez sentir melhor, pq a dificuldade de entender o inglês local ainda persiste.
Aqui no Sri Lanka, se come com muito pouco. A moeda local (rúpia singalesa) vale aproximadamente R$65,00, um prato de comida no shopping custa, em média, 300 rúpias (menos de 5 reais!) e um suco numa dessas lanchonetes especializadas nisso 190, façam as contas! Já falei que amo suco?! Sim, eu amo! Graças a Deus , pq é quase impossível achar comida que ñ seja muito apimentada, fora que aqui tem muitas frutas que temos no Brasil, afinal, estou num país tropical.
Em falar em clima, tenho que contar que esse tal de úmido que acompanha o tropical na descriçao local, tem tornada minha vida mais difícil, às vezes chega se ser complicado até de respirar. Mas isso foi mais quando estava em Colombo. A cidade é visivelmente poluída. O ar, as ruas, em alguns lugares o saneamento básico é  inexistente.
Acredito que esse calor associado ao fato das pessoas comerem muito curry e outros temperos fortes, fazem que elas tenham um cheiro diferente. Ainda nao me acostumei.
Por todos os lugares é possível ver pessoas de diferentes religioes. Podemos identificar devido as suas roupas típicas, apesar de suas feiçoes serem muito parecidas. Há estátuas de buda por toda parte, nas praças, jardins, lagos, cruzamentos e claro, nos inúmeros templos.
Eu nao estava tendo uma impressao muito boa da cidade. O maior shopping é menor que o Bollevar da Praia (aquele na Reta da Penha, para qm conhece Vitória), as lanchonetes nao parecem confiaveis e as pessoas te olham de forma estranha, entretanto isso melhorou um pouco com minha ida a um dos melhores hoteis, mesmo que seja só para apreciar a vista e tomar uma cerveja no bar (obs, eles ñ usam nenhum tipo de isopor para a pobre cerveja, que fica lá sofrente no calor com a gnt, rs). Qdo cheguei do hotel, a minha nova colega de quarto era a Berta, finalmente conheci a esponhola que esá participando do mesmo programa de intercâmbio que eu, com quem já estava mantendo contato semanas antes de vir para cá.
Ah, o hospital também é melhor que esperava. Calma, vou explicar pq fui parar no hospital. Fui avisada que aqui há risco de se contrair encefalite japonesa aqui, principalmente morando na interior ou contrário da dengue que é mais comum na cidade, mesmo as duas sendo transmitidas por mosquitos. Entao, lá fui eu tomar a vacina.
Lembra que falei que o “albergue” era perto da praia? Entao... nao fiquei convencida de que aquela praia era pròpria para banho, entao pegamos um onibus para a praia de Buba e ADOREI! Restaurantes bons, praia aparentemente limpa, resumindi, agradabillisimo! Voltamos de trem e fiquei me perguntando se havia alguma linha ferrea no Brasil a beira mar, acho que nao.
Após a cansativa atividade de descer com as malas 3 andares, nos encaminhamos a rodoviária, que ao lado de uma feira em que os artigos se encontravam no chao, mais dava orgulho dos terminais dos Trancois da Grande Vitória. Teoricamente, o onibus que utilizamos para fazer a viagem de um pouco mais de 7h até a cidade próxima ao Yala National Park era da categoria “semi-luxury”, porém ainda nao encontrei o luxo, já que as cadeiras nao eram reclináveis e nao tinha ar condicionado. Tenho que confessar que fiquei meio apreensiva em deixar minhas malas no bagageiro dessa conduçao. Nossa sorte foi achar um lugar à janela e vir tomando vento na cara e apreciando a bela visao repleta de templos e um litoral encantador.
Gostaria de compartilhar aqui algumas observaçoes. Primeiro, fiquei meio chocada ao entrar no banheiro de uma das paradas regulamentadas do onibus e ver apenas um buraco no chao. Depois que a tal lanchonete nao tinha nada comestivel e finalmente, a grande quantidade de pequenos “cemitérios” na beira da estrada , muitos dos quais sem nenhuma espécie de cercamento.

Chegamos na dita rodoviária e o carro da empresa estava nos esperando e aí se dava o inícios dos novos capítulos das Novas Aventuras de Memelli ;)

terça-feira, 26 de março de 2013

A viagem


 A gente é forte, mas tem sentimento. Lágrimas na despedida do aeroporto, lá vou eu!
Vix x Garulhos – Viagem tranquila, casal super simpático do meu lado, desses que vc imagina pescando e fazendo tricô, mas estão num avião a caminho de Las Vegas!
Chego em Garulhos, e alguém pseudofamoso tb estava chegando, grupo de adolescentes histéricos fazendo bagunça, resolvi esperar para ver quem era, e adivinhem só… Não faço ideia, rs!
A hora ñ passava, vasculhei o Dutyfree, li, lanchei, dormi (se é q se pode chamar assim qdo se descansa os olhos em tamanho desconforto) e nada de chegar a hora do meu voo. Imagina uma cia que só abre o guiche 0:30h, assim é a Turkish Airlines em Garulhos.

As coisas ficaram um pouco mais interessantes depois disso. Notei várias pessoas com equipamento esportivo na fila do check in, mas o perfil não era exatamente o esperado. Lá pelas tantas criei coragem e perguntei, um campeonato internacional de tenis senior estava preste a começar na Turquia.

Entro no avião e as surpresas começam! Pelo menos dessa vez elas sao positivas! Meu assento é superconfortável, pela 1ª vez, ñ estou indo de classe económica. Ainda bem, afinal, são mais de 11h ali dentro. A menina sentada ao meu lado se mostra super simpática, assim como sua família que também se encontraba ali.
Segunda surpresa, é possível se comer bem dentro de aeronaves! Os comissários sao super chics e notavelmente sua lingua nativa ñ é o inglês, muito menos português, mas isso ñ  os impede de proporcionar um atendimento impecável, com direito a toalhas quentes antes das refeições. Aproveitei cada momento. Li, assisti filmes, dormi e conversei.

Ao chegar no aeroporto de Istambu, vi que o freeshop nao tinha nd de barato, fiquei maravilhada com a loja com doces e jóias típicas e aproveitei  o que eu achava que seria a última conversa antes de chegar ao meu destino. Mas, felizmente, ñ foi assim. Ao me despedir da família recem apresentada, fui abordada por uma moça que também estava vindo para o Sri Lanka! Fomos juntas para a sala de embarque, onde tentamos conversar em inglês e descobri que ela estava ao meu lado no próximo voo (que coincidencia!)

Imagina a minha alegria ao ver o avião sendo preenchido por pessoas visualmente agradáveis, rs. Mas nem só de flores se vive. A aeronave em nada se parecia com a primeira, todo aquele conforto deixou de existir, exceto as telas individuais com filmes a sua escolha, que já ñ tinha tantas opções. Até a comida ficou a desejar, o que ainda dá de 10 a 0, nas cias brasileiras. Pelo menos os kits de viagem sao diferentes, adoro!

Depois de algumas horas, descubro que faríamos escala em Male e, para minha tristeza, 90% dos passageiros ficam ali, apenas mais um pouso e decolagem para minha semana de 7 aeroportos!

Tudo muito tranquilo na chegada a meu novo país residente, apesar de descobri que nem a linha nem a internet do meu celular funcionam.
Consigo um telefone e ligo para a pessoa responsável por me buscar e ele já está a caminho, alegando ter se atrasado devido ao transito. Quem disse que ñ tem engarrafamento no Sri Lanka?

Aguardem novas aventuras de Memelli ;)

1º post


Tenho que começar contando das desventuras em série antes da viagem, rs.

1º) Havia comprado minha passagem para o dia 12/03, terça, e sou avisada no sábado, dia 09, que meu visto ñ sairia a tempo, por isso tenho q trocar meu voo! Fiquei revoltada por um lado, afinal, a passagem já ñ era barata e ter que gastar com remarcaço ñ estava nos meus planos, mas aliviada por outro, pq ñ conseguia me ver fazendo tudo que era necessário naquele curto período de tempo. Ok, passagem remarcada para o dia 20/03.

2º) No meio do turbilhão de coisas para fazer, sou avisada na sexta, dia 15, que terei que ir a Brasília buscar meu visto, que só poderia ir pessoalmente. Sem querer acreditar, entro em contato com a embaixada que fica de dar uma confirmação e, adivinhem só, ela só veio na 2ªf, dia 18, ai corre para comprar passagem para Brasília, caríssima, por sinal, afinal, passagem de véspera na promoção, só em sonho.
Eu nem queria contar para os meus pais que ia para tão longe um dia antes da grande viagem, mas ñ teve jeito, e foi a melhor coisa que aconteceu! Meu pai entrou em contato com uns amigos lá, que me deram total suporte, verdadeiros anjos.

3º) A viagem para Brasília ñ começou bem, dia de chuva em Vitória, várias ruas alagadas, e quando entro para a sala de embarque o aeroporto está fechado. Felizmente, minhas preces são atendiddas, e entramos no avião, mas para dar mais um pouquinho de emoção no meu dia que ainda estava começando, aeroporto fechado de novo! Mais um pouco de espera, dentro da própria aeronave, e somos liberados, uhuul!
Fazia sol em Brasília, comitiva me esperando e fomos procurar a tal embaixada. Apesar do endereço estar errado no site, nada que um telefonema com o previamente confirmado telefone ñ resolvesse. 
Chegamos lá e mesmo tendo ligado 2x para ter certeza que estaria aberta na hora do almoço, a pessoa que me atenderia, tinha saído para almoçar, então fizemos o mesmo.
Pensa numa comida boa... adora dobra, hum.... Comemos no melhor restaurante de comida nordestina na cidade, simplesmente maravilhoso!
Ok, de volta a embaixada, somos atendidos, apesar de espera longa, tudo certo.
Ao chegar no aeroporto, agradeço ñ ter levado bagagem, entro direto no avião que vai para o Rio.

3º) Chego no Rio e teria alguma horas até o embarque para Vitória, minha prima já estava me esperando, essa foi uma ótima oportunidade de despedir antes de ir. Quero correr para comer, pq a pobreza da gol ñ da mais lanche em alguns trechos, mas ao olhar para o painel do aeroporto, ñ posso acreditar no que vejo, meu voo cancelado! 
Quero chorar, confirmo que o voo está cancelado e as lágrimas rolam. A fila para na cia aérea é gigante, mas logo sou abordada por uma funcionária que me oferece voucher para taxi e posso ir para uma fila quase inexistente remarcar meu voo. Agradeço imensamente aos seus por ñ estar sozinha, mas fico apreensiva com a ideia de sair cedo do Rio, especialmente no Santos Dumount, onde a serração se faz presente em inúmeras manhas.
Noite mal dormida, mas para minha alegria, na cia de pessoas queridas, vamos lá!
O aeroporto de Vitória ainda está fechado quando chego para pegar meu novo voo, mas logo as coisas se resolvem.
Alívio, chego em casa respiro alguns minutos e vou ajeitar os detalhes finais...

Ah, quase me esqueci, no meio dessa confusão toda, teve uma mudança em meio a chuva!

Em breve Novas aventuras de Memelli ;)